terça-feira, 27 de novembro de 2012

Os filhos de Aset

Na Kemetic Orthodoxy existe o conceito de Pais Divinos. Seus Pais Divinos são os Deuses que criaram sua essência, aquilo que você é em todas as suas vidas (Leia mais aqui). Os filhos das Divindades geralmente adquirem algumas características daquela Divindade. Você pode ter uma Mãe Divina, um Pai Divino, um Casal Divino como pais, enfim, não tem muita restrição. Mas no caso dos filhos de Aset, geralmente o que ocorre é que ela é uma Mãe apenas.

E como são os filhos de Aset?

Peguei algumas características dos filhos Dela no próprio fórum da KO e outras que foram observadas pela Naelyan. Pode ser que um filho de Aset não tenha algumas características e tenha outras, mas em geral, nós herdamos bastante coisa do "gênio" de nossa Mãe querida, hehehe. Esse gênio é facilmente reconhecido pelos mitos que já postamos aqui e pela conexão pessoal com a Deusa, mas de qualquer forma, os filhos de Aset geralmente são:

- Possessivos
- Imponentes
- Severos
- Particulares no que eles gostam
- Cerebrais - se não sabem, querem saber AGORA
- Talentosos em Magia e Divinação
- Amam coisas belas, mas são bem particulares no que são essas coisas
- Criativos
- Artísticos
- Obstinados
- Fazem o que for necessário para conseguir o que querem
- Teimosos
- Devotos
- Amorosos (acima de tudo)

Além disso, tem algumas coisas que Aset gosta em seus filhos e seus devotos. Já disse por aqui que ela me tornou um tanto mais vaidosa, não é verdade? Isso é algo que a gente adquire: o gosto por joias, maquiagem, vestir-se melhor. Saber ter seu próprio estilo, sem obrigatoriamente seguir a moda.

Ela também gosta que suas filhas tenham pose de Rainha: sóbrias, elegantes, cheias de classe. Ela detesta chiliques, e quem já meditou com ela deve ter percebido que, quando a gente tá deprimido demais e num ciclo de autoflagelamento ela deixa a gente falando sozinho. Ela faz isso porque ela gosta de pessoas que compreendem que tudo é um ciclo, que tudo bem sentir dor, mas é legal passar por cima disso da melhor maneira possível, recuperar as forças e seguir em frente. E a gente acaba aprendendo isso muito rápido no contato com ela também... e acaba ficando um pouquinho intolerante com pessoas que se autoflagelam.

E aí, se encontrou nessas características? Reparou em algo mais que não está aqui? Conta pra gente nos comentários ;)

domingo, 18 de novembro de 2012

Nem tudo são flores.

Olá pessoas!


                          Espero que todos estejam bem. Já vem um tempo eu queria fazer uma postagem assim, eu sempre relato as minhas experiências com coisas do passado, com coisas que eu aprendi, mas e se eu postasse em momentos difíceis, porque é muito bonito a gente vir e falar de coisas que foram difíceis, que foram ruins e que aprendemos e beleza, parece fácil, não é? Eu digo para vocês meus queridos, impossível não é. Hoje eu venho aqui porque eu estou realmente triste, estou decepcionado, e beeeeeeeem magoado, mas isso não será um post para as minhas lamentações. Acho que vai ser para você ver o meu momento presente e como a Deusa vem a entrar na minha vida para mais uma vez me ensinar algo (que provavelmente eu já saiba.). A questão é o seguinte, mais uma vez, eu estou com o meu coração apertadinho, meio que moído, por decepções, claro que não como eu costumava a ter, mas ainda assim dói. Conheci uma pessoa a qual eu gostei bastante. Foi um sentimento bom, algo que me elevava, ela fazia sentir-me muito bem, dava o conforto para a minha alma e meu coração. Se foi Aset que me mandou? Não tenho certeza, porque também não perguntei a Ela. Mas tenho para mim que sim. Só que dessa vez, eu sabia que era para que eu aprendesse alguma coisa, alguma coisa relacionada a amor, alguma coisa que ainda faltava em mim. E eu cheguei a perceber de forma clara que se tratava de algo parecido, mesmo não tendo confirmação da própria Aset para isso, mas acho que na verdade não preciso muio ficar mais perguntando as coisas não. 

Bom, a verdade é que a pessoa se foi. Simplesmente se foi. Veio para a minha vida, deu dois passos junto comigo e decidiu trilhar o seu caminho. As coisas foram basicamente assim. E eu fiquei, simplesmente olhando ela ir embora. Mas olha só, você que deve ser filho da Deusa, vai me dizer que isso não está certo, porque Aset não deixaria ninguém ir embora. Que ela foi até o fim. Concordo, mas Wesir não foi embora, ele foi tirado dela. E eu lutei, como eu podia, eu quis continuar trilhando o meu caminho junto com a moça que havia aparecido para mim. Eu iria atrás dela se assim me fosse permitido, mas não foi, por quem? Por ela mesma. E aí eu fico me perguntando, por que Aset? Por que me colocou alguém no meu caminho, para que ela não fosse ficar? Você sabia que eu estava disposto! Você sabia que eu me dedicaria para que fosse funcionar, você, minha mãe, sabia disso. Você bem que podia ter uma forma um pouco menos dolorosa de me ensinar as coisas. E se eu ao menos soubesse que coisa é essa. Mais uma vez.... Me encontro num caminho, indo sozinho, em busca do que? Me pergunto se é de um amor com outra pessoa. Porque a minha vida profissional é ótima. Tenho os meus amigos, faço todas as minhas coisas, vou caminhando, construindo a minha vida, mas por que tem que ser só? Aset, se você sabe que para uma vida com alguém, não basta um construir a sua vida e dizer para o outro "Olha, estou construindo a minha vida, se quiser me acompanhar venha, senão, pode ficar aí, não quero ninguém me atrasando." Sou capaz de tomar conta das coisas. Sei lidar com as minhas responsabilidades, coisas que vão me fazer crescer como pessoa sempre precisar de esquecer de quem está do meu lado? Então o que é que você quer me provar? Que as pessoas não são assim? Que as pessoas não são capazes de fazer o mesmo que eu? Se for isso, que culpa eu tenho? 

Não a deixei escapar. Ela simplesmente não quis mais. Tinha outras coisas mais importantes para pensar. Ela veio, disse que queria a mim, que queria ficar comigo, que lutaria até por nós dois, e depois disse, não posso te dar o que você quer, não posso querer ficar com você, não dá para lutar por nós. O que eu não entendo, é que eu nunca pedi nada disso, eu sempre disse que eu lutaria, mas eu não posso lutar sozinho. Qual é a lição dessa vez, minha Deusa, sinceramente. Qual é? Se houver um sinal, que esteja óbvio na minha cara, por favor, faça com que fique mais óbvio, afinal, sou meio lentinho, não consigo perceber. O que é que eu posso querer mais de mim mesmo? Porque não consigo ver nada de ruim nos outros fatores da minha vida. E acho que a maior parte das coisas que eu faço, e que eu luto é para que eu não deixe o amor de lado, o que é muito difícil muitas vezes, porque se eu focar a minha vida, diretamente para o trabalho e as outras coisas, não demoraria para eu esquecer de pensar em amor ou sentimentos, ou coisas assim. E não quero perder isso em mim, mas não fica nada fácil sendo desse jeito. O que é que essa pessoa tinha para me ensinar, Aset? Que eu não posso querer cuidar de todo mundo? Que as pessoas simplesmente têm os seus caminhos na vida? Ora isso é óbvio, mas se elas trilham os caminhos dela, sozinhas, porque cruzam caminhos de outras pessoas? Para que elas saiam do tédio? Para que elas se divirtam um pouco? Não, creio que não seja isso, porque usar o amor para se divertir e aliviar-se de um dia cansativo de trabalho é simplesmente desumano. 

Tem horas meus queridos, como agora, que me sinto assim, perdido e até mesmo tristonho. Saber que eu perdi uma pessoa e que as minhas mãos estejam atadas, porque simplesmente a pessoa não me deixa lutar por ela, é muito difícil. Me ver perdendo as coisas, e simplesmente tendo que ter para mim o "acontece... acostume-se com isso." Nussssss..... é tenso!

Se chorei, claro que sim, porque dói. Porque perder um gostar é doloroso, se procurei Aset? Ela nunca deixou de estar do meu lado, nem antes, nem hoje, e não deixará amanhã, ainda procuro em mim a resposta para isso tudo, mas tem horas que eu gostaria que saíssem raios, trovões ou um letreiro piscando em vermelho com a resposta de tudo isso, do motivo de tudo isso. Será que é na dor que encontramos a resposta para a felicidade? Será que a gente ir fundo no nosso buraco, podemos encontrar alguma coisa para sair dele? Nossa, acho isso muito pouco coerente, mas talvez eu ache isso, porque affe... bem... sou uma pessoa normal. Não consigo ver aprendizado na dor, o único aprendizado que tenho é me desviar dele da próxima vez, mas cara, se eu for por esse caminho, juro, não acreditaria na palavra de mais ninguém, em nenhum carinho mais, e obviamente não é esse o caminho. Pessoas precisam de amor, mas de qual amor? Que amor é esse? Eu sei do que eu preciso, e parece que o que eu preciso não é compatível com ninguém. 

Mas estes não são os pensamentos que eu deveria seguir, sei bem disso, mas não agora, não posso controlar agora, porque por mais que a gente tente elevar o pensamento, procurar um outro caminho, o nosso corpo é corpo e os sentidos, sentimentos que existem nele, são instantâneos, uma explosão que pode ser controlada depois, então agora? Agora eu tenho pensamentos bobos e tristes. A hora que eu encontrar uma resposta. Eu vou ficar mais aliviado. Eu só quero entender, pela graça de Aset, o que é que eu tenho que ver agora. 


Porque por enquanto, só dói... e muito....



Um beijo para vocês, meus queridos(as)



Mario de Carvalho

domingo, 21 de outubro de 2012

Os gostos de Aset

Então. A gente escreve, escreve aqui, mas eu percebi que não tem nenhum post especificamente sobre o que Aset gosta, sobre os tipos de oferendas que podemos fazer a Ela. Este post é pra isso! Aqui você vai encontrar algumas correspondências pessoais pra Aset, coisas que eu percebi com a experiência e também coisas que eu encontrei por aí.



Bebidas: Coca-cola, vinhos, drinks doces suaves
Alimentos: Chocolate, doces em geral, receitas feitas por vc pensando nela (massas, por exemplo).
Incensos: Sândalo, Rosa vermelha, Jasmim, Lótus
Flores: Rosas (principalmente vermelhas), margarida, lírio, cravo
Cores: Vermelho, Azul, Roxo, Dourado
Pedras: Todas. Aset gosta de coisas luxuosas, então ela vai amar pedras preciosas, mas ela gosta de todas.

Aset gosta muito de coisas feitas por nós mesmos. Qualquer coisa artesanal que fôr feita em nome dela vai ser muito bem recebida. Ela gosta quando nós dedicamos um pouco do nosso tempo pra Ela...

Para as meninas, dedicar aquele tempo que vc usa pra se arrumar, ficar bonita, também é uma ótima ideia. Aset gosta de luxo e beleza e tudo que é relacionado a isso. Ah, sim, joias também!

Uma rosa que vc compra especialmente pra colocar no altar pra Ela geralmente vai durar mais do que o normal...

Ah, ela também adora música, dança e esse tipo de coisa.

No meu altar, eu deixo sempre uma taça com água (filtrada ou mineral) e troco toda semana. Hoje acho que vou fazer um sorvetão pra Ela...

E você, que oferendas gosta de dar a Aset? =)


domingo, 19 de agosto de 2012

Amor Próprio

Muitas vezes quando viemos postar qualquer coisa sobre Aset aqui no blog, a gente falou muito em amor próprio e todas aquelas coisas, não é? Que não se vai muito longe sem amor próprio e tal. Mas o que é que se entende por amor próprio?
"Ah Mario, é se amar, simples assim." 

Não, creio que não seja tão simples assim, pelo simples fato de que as pessoas tendem a ter uma visão única do que seja amor em sua própria forma pessoal. Muitas vezes a gente vai e olha uma pessoa tomando certas atitudes que para nós não é muito considerado amor próprio. Eu mesmo não sei ao certo dizer o que é ou não é. Mas como eu deixo sempre que a Aileen se encarregue da parte metodológica quando se trata de conhecimentos da Deusa, eu, como sempre, venho aqui para postar as minhas experiências como um filho dela. Não digo que a minha visão é a correta, ou simplesmente é o que se deve ser seguido, porque eu, como vários outros filhos dela, com um pouco mais de experiência e contato com Ela, teriam até um pouco mais a dizer sobre um moooonte de coisas em relação a vida onde Aset guia os passos de cada um. Porém, eu gosto e sempre gostei de compartilhar as coisas. 

Então, o que é que eu entendo sobre amor próprio? O que é que eu quero dizer quando eu venho aqui falar de Aset e volta e meia falar em amor a mim mesmo? Eu posso dizer que tenho como forma básica, claro que não única, a busca da minha felicidade. Mas isso eu creio que seja a busca de cada um, acho que todo e qualquer ser humano busca uma forma de ser feliz, pode parecer meio óbvio, mas veja bem, não é. Vamos pegar as pessoas que sempre buscam um amor impossível, aquele amor que elas sabem que jamais vão encontrar, talvez para você, meu querido leitor(a), isso não seja uma forma de buscar a felicidade e você simplesmente define a pessoa como uma iludida, sonhadora e boba e blá blá blá. Então por fim você tira a conclusão que isso é auto-flagelamento emocional, certo? Olha, eu digo, por mim, errado! Em sonhos, em vontades, em desejos que possam até mesmo ultrapassar os limites da realidade, querendo ou não, a pessoa está buscando a sua felicidade, independente dos meios de como faz isso. "Até mesmo em prejudicar os outros?" Eu digo, sim, até mesmo em prejudicar os outros. Não estou falando do que é certo ou errado, não estou falando de moral e ética, estou falando da busca íntima de cada um. Se é certo ou não, isso cabe a você colocar na balança e ver se é ou não, mas lembre-se, a vida da pessoa não é a sua. 

Enfim, então a gente pega uma pessoa sonhadora, que a única coisa que ela quer, é ter alguém, alguém para abraçar, beijar e chamar de meu, porém, contudo, todavia, a pessoa sofre naquela que ela denomina como companheira, ela aguenta insultos, ela aguenta traição, ela aguenta humilhação, ela aguenta um moooonte de coisa, daí você logo diz, isso está longe de ser amor próprio, sim, claro, porém em um certo nível, essa pessoa que se permite a passar por esse tipo de coisa, estando ela cega ou não, vendo o caminho ou não, não podemos negar, que bem no fundo, de uma forma estranha ou bizarra ao nosso ponto de vista, ela não esteja ainda lutando para ser de fato, feliz. E isso é uma forma de amor próprio? Na minha opinião, não como eu acho que deveria ser, mas talvez se perguntássemos para a pessoa os seus motivos, as suas vontades? 

Eu já fui uma dessas pessoas que simplesmente deixava que tudo tomasse conta, por conta do amor, por conta de ter um "alguém", para não ficar sozinho, para não me sentir aquela idiota mosquinha que fica vagando de um lado para o outro sem qualquer motivo aparente. Para mim, me amar, querer ver a minha felicidade, era ter alguém comigo, era ter uma pessoa que me beijasse, que me desejasse, que olhasse para mim e falasse, "Eu te amo mais que tudo e não quero me separar de você nunca mais." Só assim, eu podia achar algum tipo de solução para uma coisa que sempre era um tormento. Ah sim, amar, para mim já chegou a ser um tormento e dos grandes. 

Aset, eu vou me referir a Deusa, pelo seu nome egípcio, porque para os egípcios ela era uma guerreira, durona, mulher, que cai e se levanta em sua imperial força e continua sempre em frente, mesclando o poder, a severidade, com o amor e a magia em busca de um objetivo. Um pouco diferente da definição de deusa Isis dada pelos Greco-romanos, que por um pouco quase não misturaram ela com Afrodite. Embora, Isis tenha muitas características originais de Aset, segundo as suas histórias. Enfim, Aset quando apareceu em minha vida, viu que eu era completamente perdido em vários aspectos, por mais que Aileen jogasse isso na minha cara o tempo todo, como um belo teimoso que sou, eu ouvia, admitia até certo ponto e lá ia eu na burrada de me estrepar violentamente na primeira paixonite que eu encontrava. Fui traído, fui humilhado, ridicularizado e mais um outro monte de coisas. Depois que a Deusa entrou na minha vida, pensei que as coisas melhorariam. E aí eu digo para vocês "HAHAHAHAHA, que piadinha fofa!" Não foi bem assim, eu tive uma idéia errada, achei que a Deusa me abençoaria com um amor de verdade, com um amor que finalmente eu ia querer para o resto da minha vida. Cheguei até a pensar que eu ia ter o meu mini harém, ahahahahaha, sério.... ¬¬, pensei mesmo. 

De fato, não foi difícil achar alguém para mim, eu ia, fazia oferenda, e pedia, num espaço de uma semana, ou até menos, eu conhecia alguém. E lá ia eu. Oh que lindo!! Ai Aset, obrigado! OH! OOOOOOHHHH! O meu amor chegou, o meu amor veio, sim, sim!!! Sou feliz agora! E aí, a Deusa sempre dizia "Presta atenção." Só que o Mario ouvia? Não, ele estava muito ocupado babando, correndo atrás, sonhando dia e noite com a nova pessoa amada, fazendo juras eternas e essas coisas. Até que tudo começava a desmoronar, a pessoa me machucava, me feria, e eu me acabava de chorar e ficar muito triste por isso, enchia o saco da Aileen, abusava do Tarot, pois isso só aumentava o meu desespero. Perguntava as coisas para Aset e ela só dizia "Eu falei para prestar atenção.", isso quando Ela só se limitava a ficar olhando para mim levantando uma única sobrancelha sem dizer uma única palavra e eu ficava fulo da vida com ela. Aileen, sempre vinha e me falava de amor próprio e eu ouvia? Sim, ouvir é uma coisa, escutar é outra. E lá ia eu, lindamente, fazer outra oferenda e pedir novamente. Aset prontamente me enviou outra pessoa, e o que aconteceu? OOOOOOOOOOOOOOOOOHHHHHHHHHH OUTRO AMOR!!! OH ASET OBRIGADO! AI!!! QUE LINDO!!! E Aset dizia para mim constantemente "Presta atenção." E foi tudo de novo, ah, o Tarot foi abusado em suas respostas, eu queria saber de tudo, se ia dar certo, e o Tarot sempre realista dizia "Sim, tem tudo para dar certo, você vai fazer dar certo?" E é claro que eu já louco de amores, viciado na pessoa dizia, oh sim, SIIIMMMM, claro, dou o meu fígado, o meu RIM por isso. E o que acontecia? Tudo desmoronava, me machucava, me humilhava, me fazia sofrer e lá estava eu novamente aos prantos, enclausurado no meu mundinho de ninguém me ama e ninguém me quer. E aí, quando o que vocês acham que eu fiz? Sim, fui tirar satisfação com a Deusa novamente. "Sim, você me manda a pessoa, e de repente você a tira de mim? Que história é essa?" e a única resposta era "Você já sabe da sua resposta e eu te mandei prestar atenção!" E mais uma vez eu fiquei fulo da vida, fiquei mesmo brigado com a Deusa. 

Por um tempo então eu me entreguei a sair dando os meus beijos, ir para cama com qualquer pessoa que me aparecesse, eu nunca fui muito fã disso, mas fiz mesmo assim, posso dizer mesmo que não me arrependo. Sou uma pessoa muito carnal, isso é um fato. Mas me senti nojento muitas vezes. Cheguei a conversar com a Deusa novamente e disse que seria assim, que eu não queria mais saber, que eu ia me dar para qualquer vagabunda que viria na minha frente. "Você acha que isso me impressiona? Você acha que você, um filho meu, realmente vai fazer isso? Não tive eu que fazer a mesma coisa para ver e chegar no que estava além? Vá e faça!" Eu fiquei meio assim, como assim ela me dizia que era para eu sair me dando feito um pedaço de carne? Que raio de Deusa era essa que me dizia esse tipo de coisa esdrúxula? Eu continuei com isso por um bom tempo, até que eu finalmente me cansei e a falta que eu sentia de ter um alguém comigo ficou ainda maior. Se dessa vez eu pedi para a Deusa um novo amor? Não precisei pedir, ela sempre soube da minha vontade, do meu desejo. Eu só disse "Ok, se tiver que vir, mande alguém, mas por favor, se for para que a pessoa saia da minha vida, faça com que pelo menos eu não sofra tanto." 

Então a Deusa fez melhor. Me deu o meu amor de verdade, o meu amor para o resto da minha vida. Ela me deu o meu filho, sim sim! O meu filhotinho lindo e gostoso. Foi aí que eu descobri o que era ser feliz de verdade e o que era amar de verdade. Infelizmente o meu filho não mora comigo, mora em Salvador com a mãe, mas mesmo assim, não deixa de ser o meu filho, e não é menos amado por isso. E aí a Deusa falou para mim "Estamos chegando a algum lugar agora." Fiquei com a pulga atrás da orelha. Pensei que eu soubesse tudo sobre amor agora que eu tivesse um filho. Aset não me respondeu, apenas sorriu, e eu já sabia, eu tinha que prestar atenção. Apareceu outra pessoa, que foi uma coisa muito boa para mim, uma amor bom, sem peso, sem desespero, bem gostoso e finalmente saudável. Mas infelizmente, não podíamos ficar juntos, o que foi bem triste, porque se pudéssemos, seriamos felizes, pelo menos eu acho. E quando nos separamos, não me desesperei, não arranquei os meus cabelos, sentei e conversei com Aset mais uma vez. "Por que?" "Você não está feliz com o que eu te dei? Com o seu filho e com a moça que coloquei em seu caminho?" Respondi que estava, que meu filho era tudo para mim, e que eu estava feliz com a moça, mas ainda assim, não era isso o que ela queria? Que eu fosse feliz, pleno no que ela tanto preza? Que é o amor? Porque então deixar o meu filho longe, e tornar as coisas com a moça com quem eu estava incapazes de acontecer. "Você que é meu filho, deve saber que a mim foram privadas as coisas também. Que a busca nunca cessa, que o fim não existe, que de um passo vem o outro. Para saber por mim, você tem que viver por mim, não se enche um ponte de ouros e diamantes sem cravar as unhas em terra suja, pois é lá embaixo que ficam as pedras preciosas. E não se extrai o ouro de simplesmente ficar olhando para ele. Não se lapida um diamante se você mesmo não tem capacidade de saber como deixá-lo belo."
"Eu chorei todo o Nilo e nele mesmo eu busquei o que era meu." 

Eu não posso dizer que foi aí que eu entendi, mas foi algo que me fez pensar e muito. E de lá para cá, as coisas têm seguido o seu curso, sem forçar, sem desesperar, apenas fazendo o que se tem de ser feito. Aset jogou na minha cara que o que ela me mandava não deram certo, mais por culpa minha do que das moças que me apareceram. Lembra quando eu disse que elas me faziam sofrer e tudo mais? Eu era um coitado não é? É sempre assim, a gente leva as lapadas, fica sentindo pena, auto-piedade e se esconde da própria verdade. Eu era um chato, babão, grudendo, um nojo, meio que forçando que a pessoa me amasse como tudo. Ainda não sou lá essas coisas, sou uma pessoa teimosa, turrona e grosseira às vezes. Mas ainda assim, estou aprendendo, agora eu sei onde eu errei. Pelo meu medo terrível de ficar sozinho, eu esquecia de mim, e exigia que as outras pessoas que estivessem comigo lembrassem de mim e por mim. Eu? Não fazia muita coisa por elas a não ser as minhas juras de amor e tentar ser o namorado perfeito. Só que, como eu poderia ser o namorado perfeito, se nem mesmo havia mais um Mario para sequer ser um namorado? Quando eu me envolvia com alguém, era tudo para ela, sempre para ela, e eu? Onde estava o que eu queria para mim? Aaaah sim, você lembra, eu queria, e ainda quero, claro, o meu amor perfeito, o amor para o resto da minha vida. Mas, Mario, você não disse que o seu amor, esse que você quer, não é o seu filho? Aham, eu disse sim e é verdade. Só que, houve uma época que eu não me importava com mais ninguém a não ser o meu pimpolhinho. Arranjei uma outra pessoa, que era uma pessoa ótima e infelizmente eu acabei por magoá-la, era carnal, era para me satisfazer, eu não me importava mais com ninguém, nem mesmo comigo, o meu filho era mais importante. Essa pessoa também me foi mandada por Aset. E eu fiquei triste pois eu a havia magoado e muito. Perguntei então para a Deusa "Qual é o motivo disso agora?", Aset então respondeu "Você vê tudo como uma coisa só. O sentimento que você tanto quer ter e cultivar é bem maior do que o que você sabe. Olhou para um lado e jogou fora o outro."

Mais uma burrada minha e era verdade, era uma boa moça, seria uma companheira ideal, uma boa colega, enfim... foi embora. Demorou para eu entender ainda do que aquilo tudo se tratava, era uma lição dada em várias partes. Algo que toda e qualquer pessoa parece saber bem mais do que eu. Vejam, meus queridos, esse post é gigante, porque eu realmente quero explicar onde eu quero chegar, vou concluir a minha narrativa, não se preocupe. Foi muito recentemente que eu vim a perceber que primeiro; Se eu quero cultivar um sentimento bom para alguém, eu tenho que saber o que é bom primeiro e não só pelo meu ponto de vista, eu não posso chegar e pensar "Ah eu acho que a pessoa vai gostar disso." sem ao menos eu olhar para ela ou ouvir o que ela tem para me dizer, no gostar e não gostar. Se eu fizer isso, se eu ficar me viciando nessa de querer fazer tudo, eu vou acabar esquecendo de mim mesmo e da outra pessoa, pois eu ignorei quem eu sou, pois se eu achasse que ia agradar a alguém que eu sentasse no abacaxi, eu obviamente sentaria, me estreparia todo, mas sorriria, pois eu tinha completa certeza de que isso era o certo a se fazer. Porém isso poderia não ser o que ela queria, então eu estaria anulando a mim e a outra pessoa, vivendo em completa fantasia cinematográfica. Então, quando Aset me dizia para prestar atenção, era basicamente isso, olha o que você faz. De uma forma ou de outra, eu fui o motivo de ter sido largado. Claro que tiveram umas malucas malvadas que entraram na minha vida para brincar com os meus sentimentos mesmo, isso tiveram e elas também foram enviadas de Aset, mas vou explicar o motivo delas também. 

Segundo, eu posso até aprender a não fazer mais esse tipo de coisa, mas não adianta nada se eu for focado em um só ponto do que eu conheço, tanto no amor como em qualquer outra coisa. Isso acaba me levando também ao auto-flagelamento, perdi belas oportunidades de ser feliz, de até casar novamente. Mas foi porque eu dei muitos olhos para um lado do que eu entendo por AMOR e deixei o outro lado morrer. Que querendo ou não era uma coisa que eu sempre quis, uma companheira. 

E Aset tem razão, o amor é muito maior do que aquilo que eu achava que era, sim, muitos de vocês já sabem disso, mas eu não sabia. Nunca soube, eu sou uma pessoa que gosta de fantasias e histórias, sou escritor, amo livros, amo filmes e me deixo muito levar por essas coisas. Sei muito bem também deixar os meus pés nos pisos da realidade. 

Eu tenho uma namorada agora, estamos nos dando muitíssimo bem, independente da diferença de idade. Somos felizes juntos, rimos, zoamos um com a cara do outro, é divertido, é romântico, é carinhoso, é bom! Talvez agora seja a hora que Aset me mande essa pessoa, para ver mesmo se eu aprendi alguma coisa com Ela. Porque agora vem o motivo dessa explicação toda. 

Primeiro, Aset me jogou tudo o que eu não queria, para eu de fato saber o que eu não queria. Para eu de fato ver onde é que eu estava errando. Depois Aset me mostrou o motivo real do que é ser feliz e amar alguém, como o meu pimpolhinho gostoso. Depois Ela me deu pessoas que seriam ótimas, para ver que eu tinha que manter todos os olhos e sentidos abertos para as oportunidades que eu queria. E isso tudo, serviu muito para eu ver que eu não preciso esquecer de mim, que eu não preciso ser alheio as minhas qualidades, que eu não preciso pensar somente na outra pessoa para que de fato eu vá ser feliz com alguém. Pois Aset também me deixou um tempo sozinho, fiquei um tempo sem querer nem beijar na boca. E gostei, sinceramente. Foi um tempo para eu poder pensar no que eu queria. Foi quando eu pude falar para mim o tipo de pessoa que eu queria. Foi quando eu tive tempo para pensar no que é que eu entendia de amor, e comecei a gostar do sentimento e jogar isso para dentro de mim, quando eu comecei a me amar de verdade. De ver coisas do tipo, nossa, eu posso ser bom nisso e naquilo, tenho que melhorar nisso aqui também, até eu me olhar no espelho e dizer "Hmmmm bom dia gatinho!" Sim, ahahaha, por que não? Se eu tinha amor próprio? Ao meu entender, não, nenhum. Porém, meus queridos, no meio daquele desespero todo, quando eu olho para trás agora, eu vejo, que o meu objetivo eu nunca deixei para trás. Mesmo agora, ainda aprendendo e reconhecendo que eu dei uma melhorada legal nas coisas, não tirei de mim uma coisa que eu acho muito importante, a busca do amor. Só que não é mais a busca da pessoa amada. Se eu perder essa namorada, ou por mim, ou por ela, a busca pela pessoa amada continuará, mas não será mais tanta prioridade, como a busca de entender de verdade o que é o AMOR, o amor na Deusa, ou o amor quanto a todas as coisas.

Chamo a minha Deusa de Aset (novamente explicando), porque gosto desse tom guerreira, pois eu sempre tive muitas batalhas internas, onde o meu pior inimigo sou eu mesmo. Gosto de ter forças para levantar a cada vez que eu caio. Sei que Aset do meu lado sorri para mim, talvez orgulhosa de mim, mas sempre sabendo que isso é só uma das bilhões de coisas que eu tenho que aprender com Ela na minha vida. Deixo que Aset me guie, que Isis me acolha. Pois ela é a minha mãe, ela é o meu amor, ela é a escandalosa e a magnífica...

I merit Aset Netjret




Mario de Carvalho

quarta-feira, 1 de agosto de 2012

Feliz aniversário, Aset!


Dia Epagomenal #4, nascimento de Aset! =)

Infelizmente não lembro a fonte da imagem...

quarta-feira, 27 de junho de 2012

Isidis Navigium - Festival das Luzes de Aset


O Festival da Ploiafésia, ou Isidis Navigium, era celebrado no primeiro fim de semana de março por devotos de Isis na Grécia Antiga, em Roma e na Turquia. Para os Keméticos (antigos egípcios), era celebrado dez dias após o solstício de verão do hemisfério norte. Este Festival incluía dança, banquete e procissões, pedindo as bênçãos da Deusa para os navios e para as jornadas. Também acredita-se que o lançamento do barco no mar representava a busca de Aset por Wesir, e o barco no qual Ela trouxe seu corpo.

Guiando a procissão Greco-Romana, ficavam magistrados, gladiadores, filósofos e homens de vestido, peruca e sandálias. Animais exóticos acompanhavam seus donos. Depois deles, vinham as mulheres em vestidos brancos, jogando flores enquanto caminhavam. Elas levavam também espelhos e pentes, para ornamentar a Deusa. Outros perfumavam o caminho com óleos essenciais. Homens e mulheres carregavam vários tipos de iluminação – tochas, lamparinas, velas. Havia também cantores e músicos com suas flautas. Depois, vinham os iniciados em seus robes brancos – mulheres com seus véus e homens com barbas feitas e cabelos tonsurados. Podia-se ouvir o tilintar do sistro. Depois, vinham os sacerdotes com as representações de Isis e Sérapis, e também altares em miniatura. Anúbis também estava lá.

Durante alguns festivais, as pessoas paravam para cantar hinos à Deusa. A Alta Sacerdotisa segurava uma tocha, um ovo e enxofre, com que ela limpava o recipiente antes de recitar mais orações para dedicar o navio cheio de oferendas a Aset.

Libações de leite eram feitas, e o navio era levado pela água. Mais orações eram feitas e a fórmula encerrava: “o navio foi embora”. Antes de irem embora, as pessoas beijavam os pés da estátua prateada de Isis que estava nas escadas do Templo.

Este ritual foi feito anualmente até que o século IV, quando o cristianismo foi declarado religião oficial do Império Romano. Daí em diante, o Navigium Isidis tornou-se uma prática proibida, mas foi mantida clandestinamente até ser incorporada pela Igreja Católica Romana na Idade Média. O festival foi adaptado e chamado de Carnis Valles, que deu origem ao Carnaval como conhecemos hoje.

Mesmo proibido, o Festival das Luzes de Aset nunca deixou de ser celebrado, tendo pelo menos 4 mil anos de egrégora. A Deusa, com sua esperteza, deu um jeito de ser celebrada com adaptações em culturas diferentes pelo tempo e pelo espaço. Há evidências de sua celebração em Paris, na Turquia e na Alemanha; há vestígios do ritual em rituais como a Bênção da Frota e o Banquete de Santa Ágata na Sicília. Até mesmo os muçulmanos, no segundo dia do banquete de Eid el Adha, embarcam em navios e saem pelas águas, lembrando o Festival da Ploiafésia.

Hoje em dia, não é muito fácil reunir uma procissão para celebrar o Festival, mas existem formas de honrarmos a Deusa nessa data. O festival é celebrado pelo ato de colocar velas em barcos e levar estes barcos para um rio, mar, lago ou outro corpo de água. Eles são entregues a Aset com pedidos e/ou agradecimentos. Inicialmente eram feitos barcos de papel ou madeira, mas a preocupação com o meio ambiente nos levou a buscar outros meios que não deixassem resíduos. Podem ser feitos barquinhos de gelo, de bolacha água e sal, ou de fibra de coco. Velinhas de aniversário, daquelas pequenas, substituem tochas e outras velas maiores que poluem mais o ambiente.

Este ano, o solstício de inverno foi no dia 20/06, por isso, celebraremos o Isidis Navigium no dia 30/06/12.

Se você não puder levar um barco com uma vela para algum fluxo ou corpo de água (isso pode ser feito também em piscinas e banheiras), acenda todas as luzes de sua casa por duas horas em homenagem a Aset. Faça uma prece de agradecimento pelas dádivas recebidas e seus pedidos para o novo ano que começa no mês que vem segundo o calendário egípcio.



Many moons ago in the Black lands far away
People joined the procession of Navigium Isidis
Celebrated upon this day.

All our current carnivals with floats derived from this
A mosaic of musical merriment; masks & costumes headed towards the port,
Where the boat of Isis waits; laden with offerings of every sort.

Before She sets sail
She is purified and Blessed
The boat represents Isis
Honoured throughout Her Fest.

She is patroness of sailors
The river Nile and all the seas,
She steers humanity on a journey
Bringing worldly sufferings to ease.

The Mast is raised, as the gentle spring breeze blows
The procession lets out a cheer as the ship of Isis departs,
Off across the waters or maybe to the stars above
Isis is Mistress of All Magick keeper of human hearts.

Out across the distance the Ship of Isis diminishes from sight
The procession continues to celebrate; as daytime turns to night,
Navigium Isidis was celebrated back through the mists of time
Yet still little boats are launched honouring Isis, the Great Mother Divine.

http://guild-of-hypatia.blogspot.com.br/2009/03/navigium-isidis.html


Luas atrás, nas Terras Negras longínquas
As pessoas acompanhavam a procissão de Navigium Isidis
Celebrada neste dia.

Nossos carnavais dela derivam
Um mosaico de música e divertimento, máscaras e fantasia
Onde o navio de Isis aguarda, cheio de oferendas de todos os tipos.

Antes de zarpar,
Ela é purificada e abençoada
O navio representa Isis
Honrada em seu Festival.

Ela é a patrona dos marinheiros
Do Rio Nilo e dos mares,
E conduz as pessoas a uma jornada
Reduzindo o sofrimento do mundo.

O Mastro é erguido enquanto o vento sopra
A procissão aplaude enquanto o navio parte,
Através das águas ou talvez pelos céus
Isis é a Senhora da Magia, que guarda os corações dos homens.

Distante, o navio se perde de vista
A procissão continua a celebrar.
Enquanto dia se tornava noite,
Navigium Isidis era celebrado pelas brumas do tempo
Ainda hoje, pequenos barcos são lançados honrando Isis,
A Grande Mãe Divina.

Tradução e Adaptação de Aileen Daw
Fontes:

http://www.examiner.com/article/remembering-the-isidis-navigium-festival-of-isis-isis-isis-ra-ra-ra
http://reflexoesecotidiano.blogspot.com.br/2012/02/navigium-isidis-origem-do-carnaval.html
Os Mistérios de Isis – DeTraci Regula
Isis Magic – M. Isidora Forrest
Naelyan Wyvern - Sacerdotisa da Tradição Caminhos das Sombras (e de Aset)

terça-feira, 19 de junho de 2012

Meditação da Lótus


Sente-se confortavelmente e foque sua atenção  através de respiração rítmica ou cantando o nome de Isis.  Quando estiver pronto, comece a contemplar o assunto da meditação como sugerido abaixo.

Preste atenção a qualquer pensamento, sentimento ou imagem que vier a você durante esse tempo. Que significado você pode atribuir a esses pensamentos, sentimentos ou imagens? Como você pode relacioná-los à sua busca pelo relacionamento com Isis? O que você pode aprender deles?


A Flor de Lótus

Como o papiro era um dos símbolos nacionais do Alto Egito, a lótus era símbolo do Baixo Egito com seu delta fértil, pantanoso. Deusas Egípcias são freqüentemente ilustradas segurando bastões com inscrições na forma de uma flor de lótus. Pilares na forma de lótus suportavam templos egípcios e imagens de lótus eram pintadas nas paredes de templos e tumbas. Copos de cerâmica azul na forma de lótus eram comuns em túmulos. No Egito, a lótus era primariamente um símbolo de renovação da vida. Ela pode também estar associada com florescimento espiritual em algumas tradições orientais. Como a religião de Isis se espalhou pelo império romano, a flor de lótus do Egito se tornou quase exclusivamente associada com a Deusa e amplamente reconhecida como um dos Seus símbolos-chave.

Para esta meditação, imagine-se como um botão de lótus fechado, a sagrada flor de Isis. Imagine-se flutuando silenciosamente sobre as águas, esperando, esperando pelo sopro de Isis para acordá-lo, abri-lo, renová-lo.

Quando sentir que completou sua meditação, agradeça a Isis por tê-lo guiado e feche o rito de acordo com a maneira que o abriu. Você pode repetir cada meditação quantas vezes quiser. De fato, cada repetição revela algo novo. Você também pode escolher escrever suas experiências para traçar conexões e desenvolvimentos enquanto continua sua relação com Isis.

Fonte: Isis Magic - M. Isidora Forrest

domingo, 29 de abril de 2012

Abrir os olhos é preciso!

E os dias passam e você vai vivendo a sua vidinha, certo? Ou vidona, sei lá, você escolhe! Você decide! Você abre os seus caminhos ou então você percebe os sinais e tem a sua história sendo escrita. É muito interessante isso, não acham? Eu pelo menos acho bem bacana! Mas, você já parou para olhar para trás? Sim, faça isso agora, dê uma paradinha e vire ligeiramente para trás. O que você viu? Nada? Olhe de novo, tem que ter alguma coisa, não das coisas que você deixou para o passado, bom... quer dizer... tá, olhe isso também. Porque eu acho que você olhar até mesmo o que você deixou, se transforma em um enorme pacote, que maravilhosamente você percebe que está amarrado a você conforme você trilha o seu caminho. O que é isso? Você me pergunta. Ora, simples, as coisas que você aprendeu! Não é legal? Claro, você pode dizer que é óbvio, e tão comum que você nem precisaria olhar para trás, mas não é bem assim, às vezes é necessário, porque há sempre um detalhe interessante que a gente deixa passar. Então olhe direitinho, isso, aperte os seus olhinhos, tá vendo? É aquilo ali, agora faz sentido não faz? Ontem eu estava conversando com a Aileen sobre umas coisas pessoais, coisas que passamos e fomos analisando tudo. Para que as pessoas aparecem e somem da nossa vida, o que vivemos, o que achamos que vai ser para sempre e que de repente... não é. 

Os motivos são quais? Para que? Vamos pensar no seguinte. A nossa Deusa nunca dá ponto sem nó, como uma grande mulher poderosa que ela é, ela jamais faria algo sem motivo, mesmo porque né? Qual dos Deuses faria? Creio que nenhum deles. E Aset muito menos. Muitas vezes é importante que por mais que os nossos por quês não sejam respondidos prontamente (porém as respostas sempre estejam na nossa frente no momento em que tudo acontece), uma hora a gente entende. Nada que é desenhado pela Deusa para estar no nosso caminho é sem motivo, tudo tem um aprendizado. Lembra que uma das coisas que já foi repetido aqui é que você pode até cair, Aset te levanta uma vez, mas se voltar a cair ela olha para você e diz "Levante-se você, eu já te ensinei como se faz." Pois é, é bem por aí, e eu acho que esses momentos em que paramos e olhamos para trás e finalmente dizemos aquele "AAAAAAAHHHHHHHHHH então era iiiiiiiissooooooo!!!" é sobre o que se trata. Passamos por isso o tempo todo e foi muito engraçado eu ter tido essa conversa com a Aileen, porque conforme eu ia falando com ela, eu mesmo ia me dando conta, por mais que eu depois parasse e pensasse "Nossa, isso é óbvio!" é algo que a gente muitas vezes não faz. A gente vai caminhando pelas vias da vida e simplesmente dizendo "Ah, aprendi isso, aprendi aquilo, ah aprendi aquilo outro!" Mas muitas vezes caímos nos mesmos erros, paramos nas mesmas pedras, provavelmente porque muitas vezes, não paramos para ver os sinais que a Deusa nos deixa, mesmo depois de já termos passado por isso, pelo simples fator de não pararmos e darmos aquela olhadinha para trás com mais calma. 

E isso também é um meio de abrirmos os olhos, de vermos as coisas. É como observar uma obra de arte que seja até mesmo abstrata, os riscos, as curvas, as cores, a primeira impressão da obra é a que fica e ela será a sua base de definição, mas olhando de novo você percebe algo novo, SEMPRE! Até mesmo em artes comuns, mais concretas, mais realistas, tudo tem um detalhe que não tiram a maravilha de ver o que há no mesmo quadro! Você nunca teve algo que te fez olhar mais de uma vez e ainda assim ficar maravilhado ou até mesmo intrigado? Faça isso com os momentos da sua vida. Com os sinais que a Aset te manda. É capaz que você não veja somente uma única resposta. Você pode aprender muito mais. E aprender, nunca é de mais!

terça-feira, 13 de março de 2012

O mito de Isis e Osiris


No princípio, tudo era apenas o Caos. Atum, a serpente ourobórica, girava sozinha no eterno vazio. Tudo era apenas trevas, e o ser que era tudo o que existia desejou companhia. E então a serpente primordial criou as águas sagradas, e tudo passou a ser Água e Trevas. A serpente continuou a criar, e de sua mente que tudo podia, surgiu a Luz; depois, criou-se a Magia, a Sabedoria, o Conhecimento e a Verdade; a forma e a transformação.

E então, a forma e a transformação deram origem aos ventos. Shu, Senhor do Ar, e Tefnut, Senhora da Umidade, se uniram em Amor. E de seu Amor, deram origem a novas criações, a Terra e o Céu.

Nut, a Senhora da Noite, aurora e crepúsculo, se apaixonou por Geb, a força vital da Terra. Eles se deitaram em um longo abraço que durou toda a eternidade. E como tudo era feito em Amor, da união de Nut e Geb nasceram Rá, o Sol brilhante, e Djehuty, a Lua prateada. E entre Nut e Geb, seus filhos conquistavam espaço no mundo, girando ao redor e dentro dele.

Logo, Nut estava novamente grávida; e na mesma medida em que seu ventre crescia, também fazia o ciúme do Senhor do Sol. Rá, que não queria irmãos, ordenou que Shu esguesse Nut, separando-a eternamente de seu Amor. E ele disse: ‘Eu inventei o dia e a noite, medi a duração do ano e dos meses, e decreto que nenhuma outra criança há de nascer em nenhum dos dias de meu ano.”

Rá, sozinho, resolveu criar seus próprios seres, os homens e as mulheres. E os filhos de Nut cresciam em seu ventre. Eles eram cinco: Aset, Senhora dos Dez Mil Nomes; Wesir, o Rei; Heru, o mais velho; Nebet-het, Senhora das Sombras; e Set, o guerreiro.

E as eras se passaram, e as crianças cresceram no ventre de Nut. E a paixão e o desejo cresceram com elas. Aset e Wesir se apaixonaram, e também Set e Nebet-het. E eles se casaram ainda no ventre de sua mãe.

Enquanto isso, Nut e Geb sofriam, e também os homens e mulheres na terra, que agora estava infértil. Foi então que Djehuty decidiu interferir com sua sabedoria e desafiou Rá em um jogo. Vitorioso, ele conseguiu ganhar de Rá cinco dias de sua luz. E assim, os filhos de Nut finalmente puderam nascer, um em cada dia ganho pelo sábio Deus da Lua.

O primeiro foi Wesir, e com seu nascimento, a terra ficou fértil outra vez. Heru-wer veio em seguida, criou asas, e seus pés jamais tocaram o chão. Logo depois, Set nasceu com sede de vingança, vermelho e malformado. No quarto dia nasceu Aset, e com ela brilhou uma estrela no céu. E Nebet-het nasceu no quinto dia, em silêncio, mistério e escuridão.

E a cada casal foi dada uma parte do Egito. Enquanto Wesir e Aset cuidavam das terras negras do Nilo, Set e Nebet-het tinham domínio sobre todo o deserto estéril.

Aset e Wesir se amaram por oito mil anos. Envoltos no azul do céu, eles se abraçaram, se beijaram e tudo compartilharam. E de seu amor, vários mundos surgiram. Juntos, eles descobriram o poder da criação e da Magia. Juntos, eles teceram a Vida.

Aset ensinou às mulheres a arte de tecer e de cozinhar. Ela ensinou-lhes a trançar os cabelos e se perfumar. Com Aset, as mulheres aprenderam a arte da dança e da beleza e descobriram sua Deusa interior.

Wesir ensinou aos homens sobre a terra, o cultivo do solo e o cuidado com os animais. Ele lhes ensinou a plantar e a fazer e usar ferramentas. Ensinou-lhes a tocar a flauta e o tambor. E também mostrou-lhes como construir seus lares e pescar os peixes.

Enquanto Aset e Wesir reinavam e Amor, Nebet-het invejava aquilo que ela não tinha com seu consorte. E se vestiu e se pintou como sua irmã gêmea. Um dia, Wesir a encontrou nos jardins e, sem perceber quem era, tomou-a nos braços como sua esposa. Nebet-het, que tanto ansiava por aquele toque, não desfez o engano. E assim, concebeu um filho de Wesir.

Nebet-het escondeu sua gravidez e, no meio dos chacais do deserto, deu à luz sua criança. E ela o deixou lá para que Set não os matasse. Aset, quando soube, procurou a criança e a encontrou. E ela o chamou de Yinepu, e a partir de então, ele se tornou seu companheiro e guardião.

Mas o tempo foi passando, e Set odiava Wesir cada vez mais. Ele cobiçava a terra do irmão e tudo que ele conquistara. Então, um dia, Set convidou Wesir para um banquete. Ele teceu um baú e disse que seria dado àquele que ali coubesse. Apenas Wesir coube perfeitamente e, quando entrou no baú, Set e seus companheiros o lacraram lá dentro. E o baú foi jogado no rio e carregado pelas águas para muito longe.

Aset sentiu quando seu Amor se foi. E ela gritou, e chorou e chorou. Ela caminhou por todos os lugares, pois nada mais importava a não ser encontrar Wesir. Depois de muito andar e buscar, ela chegou a um reino distante e descobriu que o caixão de seu amado era agora o pilar de um palácio. A Deusa usou seus poderes e se disfarçou como serva no palácio, mas um dia foi descoberta e finalmente conseguiu recuperar o caixão de Wesir.

A Deusa reviveu seu Amor e dele concebeu um filho. Mas Set o encontrou novamente e o cortou em pedaços, espalhando-os pelo rio. E Aset chorou mais uma vez. Junto a Yinepu e Nebet-het, ela buscou as partes de seu Amor, construindo um templo em cada local em que as encontrava. Eles encontraram todas as partes, menos uma. Seu falo fora perdido para sempre, engolido por Sobek.

Unindo todas as partes, os três Deuses embalsamaram Wesir, agora Senhor do Submundo. E, após anos de guerra pelo trono, Set foi obrigado a aceitar que Heru, filho de Aset, seria agora o rei do Egito. 

(Aileen Daw – 21/02/2012)

domingo, 4 de março de 2012

Dia de Aset e Wesir 2012


O que eu deveria oferecer os Deuses, a não ser o que é só meu para dar? O que oferecer, se não meu coração?


Em meu coração, eu sou. Em meu coração, eu existo. Em meu coração, eu vivo. Cada ato, cada pensamento, tecem o vaso de meu coração. Este coração que é meu sabe o que está nele. E isso, ISSO é o que eu ofereço a Vocês, Aset e Wesir: meu coração e tudo que ele contém.

A Aset e Wesir, eu ofereço as memórias do presente que ganhei. Ofereço o prazer de um fim de semana de inverno cheio de paixão, riso e troca. Ofereço o prazer de mensagens de carinho e anseio. Ofereço a doce sensação de companheirismo e de cumplicidade, e de rosas espalhadas no colchão. A vocês, Aset e Wesir, ofereço o indescritível sentimento de ouvir “eu te amo”, tão íntimo, no dia do meu aniversário. De sentir completude quando minha Terra e meu Submundo se uniram. Ofereço o conforto de me sentir acolhida na família do meu Amor. Ofereço o prazer de dormir nos braços de quem se ama, de ter prazer, apoio e compreensão. A Vocês, Aset e Wesir, ofereço meus agradecimentos por ter vivido um Amor tão lindo, agora eternizado.

A Aset e Wesir, ofereço também o Amor que me fez voltar a Brasília. O Amor pelos Deuses e pela minha Tradição, a Tradição Caminhos das Sombras. Ofereço meu Amor por meus irmãos de círculo e de Grove. Ofereço minha escolha de ter voltado para servi-los ainda melhor.

A Aset e a Wesir, ofereço meu coração e todas as coisas belas e puras. 

Aileen Daw

Oferenda em honra aos Deuses em um ritual Wiccaniano da Tradição Caminhos das Sombras.

sábado, 4 de fevereiro de 2012

Amor...?

Uma das coisas que eu aprendi é que não há um padrão, não há um meio de se amar na verdade. Amor é entendido com aquilo que você vive de você mesmo. Faz o que tem que fazer para que o que seja caracterizado como tal faça valer a pena. As pessoas se usam de correntes e amarras, mas isso quer dizer que não sabem o que é ser livres? Não, eles sabem, todo mundo sabe o quão livre são. O medo das consequências, medidas em conceitos de prudência, maquiam o bom senso e aí se criam regras. Aset nos mostrou que para o amor não há limites, que é algo maior que o ser humano, que é maior que amarras, correntes e até mesmo, vai além do bom senso. Se alguém pode definir o que é amor? Eu diria que é a Deusa, ela nos mostra o que ele pode vir a ser, mas só ela mesmo sabe de fato, em segredo para ela, pois ela de fato entendeu, o que o amor é. Mas uma pergunta que eu acho que fica é, até onde você está disposto a ir? Quantos passos você é capaz de dar? O quanto você é pode perceber das energias que te rodeiam? Muito? Pouco? E isso importa? Talvez. Quem dirá é você. Ver tudo o que te rodeia, não te dá amarras, sentir todas as energias que te envolvem não te impõem regras, mas sim o equilíbrio. Aset te guia e te mostra. Mas quem anda é você.

domingo, 8 de janeiro de 2012

Frase bem bacana

"True religion is the life we lead, not the creed we profess." - Louis Nizer

"A verdadeira religião é a vida que levamos, não o credo que professamos." - Louis Nizer